segunda-feira, junho 7

Ressaltando o óbvio

O 1º tempo da partida entre Chicago Red Stars e Atlanta Beat dirimiu qualquer dúvida que alguém pudesse ter sobre o porquê de ambos os times ocuparem a parte de baixo da tabela. Foi um espetáculo medonho que merecia ser proibido para menores, poucas vezes se viu a bola ser tão maltratada. No 2º tempo, felizmente, o nível do futebol apresentado melhorou um pouquinho (até porque piorar seria impossível). O Red Stars passou a controlar mais o meio e até criou algumas oportunidades, mas o poder de fogo de seu ataque é pífio. O Atlanta Beat, por sua vez, jamais conseguiu se entender dentro de campo, mas ao menos pode usar a desculpa de ter mudado meio time do dia pra noite. Uma pelada dessas só podia terminar em 0 a 0.
Cornetadas: Formiga voltou a atuar bem, fez lançamentos precisos e deu um chute perigoso de fora da área. Cristiane acertou uma ou outra metida de bola, mas continua jogando em câmera lenta e finalizando mal. Marian Dalmy precisa apoiar mais, sempre que sobe ao ataque cria um lance de perigo. Megan Rapinoe não está bem tecnicamente, andou tropeçando na bola e mesmo assim insistia em dar toques de efeito. Karen Carney alternou erros e acertos, mas pelo menos nunca se omite. Apagada, Casey Nogueira demonstrou que funciona melhor como arma para o 2º tempo. Hope Solo fez o que dela se espera, fechou o gol quando exigida. Será que uma dupla de ataque formada por Eniola Aluko e Ramona Bachmann funcionará a contento? Tenho minhas dúvidas. O fato é que nenhuma das duas tem a característica de preparar a jogada pra companheira finalizar (esse papel ficaria a cargo de Mami Yamaguchi, que se contundiu logo no começo e precisou ser substituída).


CRS: Jillian Loyden, Marian Dalmy, Whitney Engen, Kate Markgraf, Natalie Spilger (Elise Weber), Katie Chapman, Formiga, Karen Carney, Casey Nogueira (Ella Masar), Cristiane, Megan Rapinoe (Kosovare Asllani)
AB: Hope Solo, Leigh Ann Robinson, Kia McNeill, Tina Ellertson, Katie Larkin (Stacy Bishop), McCall Zerboni (Johanna Rasmussen), Carolyn Blank, Angie Kerr, Lori Chalupny, Mami Yamaguchi (Ramona Bachmann), Eniola Aluko
Público: 4.227


No confronto envolvendo os times da parte de cima da tabela, Gold Pride e Washington Freedom acabaram empatando em 1 a 1. Allie Long abriu o placar para o time visitante e Marta, que teve grande atuação no 2º tempo, igualou o marcador.
FCGP: Nicole Barnhart, Kandace Wilson, Candace Chapman, Rachel Buehler, Ali Riley, Solveig Gulbrandsen (Camille Abily), Shannon Boxx, Becky Edwards, Kelley O'Hara, Christine Sinclair, Marta
WF: Erin McLeod, Rebecca Moros, Nikki Marshall, Becky Sauerbrunn, Cat Whitehill, Allie Long, Sarah Huffman, Beverly Goebel (Jill Gilbeau), Sonia Bompastor, Christie Welsh (Homare Sawa), Abby Wambach
Público: 3.442


O Philadelphia Independence derrotou o Sky Blue por 2 a 1. Lori Lindsey e Amy Rodriguez marcaram para o time anfitrião e Laura Kalmari descontou (Rosana deu a bela assistência).
PI: Val Henderson, Nikki Krzysik, Sara Larsson, Allison Falk, Sarah Senty, Lori Lindsey, Joanna Lohman, Jen Buczkowski, Holmfridur Magnusdottir (Estelle Johnson), Amy Rodriguez (Katherine Reynolds), Lianne Sanderson (Lyndsey Patterson)
SBFC: Karen Bardsley, India Trotter, Daphne Koster, Brittany Taylor, Meghan Schnur, Yael Averbuch, Kacey White (Christie Rampone), Laura Kalmari (Kiersten Dallstream), Rosana, Natasha Kai, Heather O'Reilly
Público: 2.585

7 comentários:

Daniel disse...

Esse blog tá internacional demais. Fico até curioso. Quem são os(as) portugas da madeira(terra de CR) que visita este Blog. Apareça aí o pá.
Gente da Guiana francesa, de Jersey(acho que sei quem é,rs), de Indiana(quem seria?). Poxa é muita gente, vamos falar aí ó.

Mary disse...

Também gostei de como a Formiga jogou.

A Marta jogou o 2º tempo de um jeito que a algum tempo não se via ela jogar. Espero que no próximo jogo ela entre inspirada assim desde de o início e chame o jogo pra si, pois é o que se espera dela. Vê-la jogando assim, é uma alegria imensa.
Agora, alguém sabe me explicar por que no último lance dos melhores momentos do jogo, a O'Hara tocou a bola pra trás ao invés de dominar indo em direção ao gol ? Seria o gol da vitória. Está faltando mais faro de gol.

Golaço da Lindsey (me pareceu que foi sem querer, mais tudo bem), e lindo passe da Rosana (que pela arrancada, se não entrou, está entrando em forma).

Gustavo disse...

Volto a minha ladainha: Eu não entendo!
O Beat recebeu como reforços Hope Solo, Eniola Aluko e Lori Chalupny, entre outras. Ainda é pouco pra conseguir ganhar do Red Stars? Falta de entrosamento? Sei não... Seleções nacionais também treinam pouco e se renovam constantemente mas geralmente com boas jogadoras apresentam um bom futebol.
O Beat tem agora um time melhor do que boa parte das seleções nacionais espalhadas pelo mundo. Só precisa jogar a metade disso.

Izabel disse...

não entendi pq a Marta não foi jogadora da semana...escolheram a Amy Rodrigues.

Izabel disse...

Marcelo, estava lendo o comentário do Marcelo sobre esse blog estar internacional demais, pq vc não coloca os posts em port e inglês, já que vc domina a língua e se não for mto trabalho...quem sabe não teremos mais visitantes e pessoas comentando.

augusto disse...

E dificil criticar a Marta estabelecendo parametros pra ela. Sorry, pelos criticos. Passa um jogo, dois e ela responde com uma atuaçaocomo dizem estelar. Desta foi ainda melhor,mais criativa,e dominadora do que contra o Sky blue.
Se voce define do dominio efetivo de um jogo como a somatoria de:
criaçao de chances, colocar o adversario na defensiva,impor teu jogo e dar a confiança as companheiros e ainda marcar ,0,5 gols por partida. E por cima, estabelecer numeros como 14x1 escanteios. Tudo isso sem ter um conjunto nem padrão porque o tecnico NAO SABE cria-lo.
Então, com base nos criterios acima, me responda honestamente: Marta jogando apenas isso, ela é quanto por cento de uma equipe, qualquer equipe? 40%? 45%?
Ou será que precisa ser marta em todo o santo jogo para admitirem
que 'fuoriclasse' feminina só existe uma?

Marcelo T. disse...

É verdade, Gustavo, já passou da hora do técnico do Atlanta Beat mostrar serviço. Na época dos drafts, comentei aqui que ele estava correndo um risco ao negligenciar a defesa em suas escolhas. O fim da equipe de Saint Louis permitiu que ele corrigisse esse erro, mas se o time não começar a jogar bola logo, acho que o emprego dele roda.

Izabel, já existem tantos blogs sobre a WPS escritos na língua de Shakespeare, acredito que esse nicho da web já está mais do que ocupado (sem falar que meu inglês não é nenhuma maravilha).