segunda-feira, abril 12

É a Grande Abóbora, Charlie Brown

O campeonato pode ser outro, mas certas coisas não mudam. Como, por exemplo, a freguesia do Chicago Red Stars diante do Sky Blue. Depois de cinco confrontos diretos, a equipe treinada por Emma Hayes soma quatro derrotas, um empate e nenhum gol marcado. O time de Nova Jersey começou o jogo exercendo pressão sobre a saída de bola adversária e o resultado apareceu logo de cara. Heather O'Reilly enfiou uma ótima bola nas costas da zaga e Natasha Kai só teve o trabalho de tocar no canto. Com a desvantagem no placar, o Red Stars avançou suas linhas e passou a ditar o ritmo no restante da partida. Mas embora tenha rondado o gol adversário, cobrado mais de uma dezena de escanteios e cruzado inúmeras bolas na área, não chegou a criar uma oportunidade que obrigasse a goleira Karen Bardsley a intervir de forma decisiva. Por sua vez, o Sky Blue, que administrou perigosamente a vantagem mínima, ainda teve chances de ampliar com Rosana e Jessica Landstrom.
Cornetadas: No Sky Blue, gostei das atuações de Daphne Koster (muito firme na zaga), Heather O'Reilly e Laura Kalmari. Pelo Red Stars, destaque para Marian Dalmy e Julianne Sitch. Whitney Engen e Katie Chapman demonstraram uma certa insegurança com a bola nos pés. Cristiane deu bons passes e se movimentou bastante, mas tinha que ao menos finalizar na direção do gol. Ella Masar é limitada e deveria ter saído antes para a entrada de Casey Nogueira.


SBFC: Karen Bardsley, Keeley Dowling (Danielle Johnson), Daphne Koster, Brittany Taylor, Meghan Schnur, Carli Lloyd, Yael Averbuch (Rosana), Heather O'Reilly, Kacey White, Laura Kalmari, Natasha Kai (Jessica Landstrom)
CRS: Jillian Loyden, Marian Dalmy, Kate Markgraf, Ifeoma Dieke, Whitney Engen (Jessica McDonald), Kosovare Asllani, Katie Chapman, Brittany Klein, Julianne Sitch (Karen Carney), Ella Masar (Casey Nogueira), Cristiane
Público: 4.440


Albertin Montoya, técnico do Gold Pride, continua disposto a revolucionar o futebol. Desta vez, ele armou um time repleto de atacantes e sem sequer uma cabeça-de-área de origem. Como resultado, levou um sacode do desfalcado Saint Louis Athletica. Eniola Aluko começou o campeonato com a corda toda e marcou um gol em cada tempo, ambos com assistência de Shannon Boxx
SLA: Hope Solo, Sarah Wagenfuhr (Niki Cross), Tina Ellertson (India Trotter), Kendall Fletcher, Elise Weber, Carolyn Blank, Shannon Boxx, Tina DiMartino, Lori Chalupny, Aya Miyama, Eniola Aluko (Veronica Perez)
FCGP: Nicole Barnhart, Ali Riley, Candace Chapman, Rachel Buehler, Kaley Fountain (Kandace Wilson), Camille Abily, Solveig Gulbrandsen (Becky Edwards), Marta, Kelley O'Hara, Christine Sinclair, Tiffeny Milbrett (Kiki Bosio)
Público: 3.356


O Washington Freedom apresentou a mesma defesa problemática do ano passado e foi derrotado em casa pelo Boston Breakers. Lauren Cheney e Kelly Smith marcaram no primeiro tempo para a equipe visitante e Allie Long descontou no final do jogo.
WF: Erin McLeod, Rebecca Moros, Cat Whitehill, Nikki Marshall, Sonia Bompastor, Becky Sauerbrunn, Homare Sawa (Lisa De Vanna), Allie Long, Sarah Huffman (Christie Welsh), Lene Mykjaland (Jill Gilbeau), Abby Wambach
BB: Ashley Phillips, Alex Scott, Kasey Moore, Amy LePeilbet, Stephanie Cox, Kristine Lilly, Leslie Osborne, Kelly Smith (Laura del Rio, Claire Zimmeck), Chioma Igwe, Fabiana, Lauren Cheney
Público: 3.899


No confronto dos times estreantes, Philadelphia Independence e Atlanta Beat não passaram de um 0 a 0.
PI: Karina LeBlanc, Estelle Johnson (Gina DiMartino), Sara Larsson, Nikki Krzysik, Holmfridur Magnusdottir, Lori Lindsey (Joanna Lohman), Jen Buczkowski, Caroline Seger, Amy Rodriguez, Lianne Sanderson, Lyndsey Patterson (Karina Maruyama)
AB: Allison Whitworth, Leigh Ann Robinson, Stacy Bishop, Kia McNeill, Lauren Sesselmann, Angie Kerr, McCall Zerboni (Sophia Mundy), Tobin Heath (Katie Larkin), Johanna Rasmussen, Mami Yamaguchi, Amanda Cinalli
Público: 6.028

13 comentários:

Izabel disse...

ri mto do seu comentário a respeito do técnico do Gold Pride.... o próximo jogo é contra o sky blue e deve levar um sacode denovo....

Mary disse...

Pior do que colocar a Bompastor pra jogar de zagueira, é colocar a Marta pra jogar de ala esquerda.
O que foi aquilo? O Albertin Montoya quer acabar com a Marta igual ele fez com a Erika no ano passado, mas ele está se esquecendo que está lhe dando com a melhor do mundo desta vez. Não se espantem se a Marta começar a dar “ataque de estrelismo” e dizer como ela vai jogar em campo (ela vai estar totalmente certa se fizer isso).
Ele colocou a Marta pra cobrir a Milbrett (tentando compensar a idade). Até a Chalupny jogou mais adiantada que a Marta, ou seja, a Marta teve que marcar a Chalupny (inversão de funções). Totalmente sem noção.
Esse cara escala o time bêbado, só pode.
Ele deu uma entrevista dizendo que era um cara muito sortudo de ter a Marta no time dele. Parece que ele achou que assim a impediria de jogar de qualquer jeito, já que jogar contra ela era muito difícil.

Vejam a entrevista que ele deu:
http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/03/18/eu+sou+um+sortudo+diz+tecnico+do+novo+time+de
+marta+9431902.html

Espero que no próximo jogo ele saiba exporar o potêncial de suas melhores jogadoras, coisa que ele não soube fazer no ano passado.

Gustavo disse...

Eu sinceramente odeio a expressão "joga como um homem". Entendo que na verdade o Albertin Montoya só quis dizer que ela é uma excelente jogadora, mas essa expressão, pelo menos pra mim, é preconceituosa e ofensiva.

Uma prova? Ei-la: O vôlei masculino é mais rápido, mais ágil que o feminino, certo? Agora, alguém já ouviu dizer que a Jaqueline “jogava como um homem”? Os homens - por uma questão de físico, obviamente – são mais rápidos no atletismo, na natação, etc, certo? Quer dizer então que as grandes atletas dessas modalidades nadam e correm “como homens”? São mulheres e serão sempre mulheres, boas ou más.

É o velho preconceito enraizado (principalmente em certas culturas) de que futebol é coisa de homem e mulher jogando bola é piada. O “politicamente correto” da atualidade já nos deixa bem alertas na hora de fazer críticas quando uma mulher joga mal mas, na hora de elogiar, esses preconceitos escapam sem que as pessoas se deem conta. Ele jamais diria que Fulana de Tal joga mal porque é mulher – ele sabe que isso seria preconceito – mas na hora de elogiar, compara ela com um homem? Não é o mesmo preconceito por acaso?

Tudo bem ouvir esse tipo de comentário se ele parte do meu vizinho de casa sentado no bar da esquina e bebendo com os amigos enquanto vê um ou outro lance de futebol feminino na TV. Agora, ouvir isso de quem deveria estar trabalhando contra esse preconceito me deixa realmente chateado...

Não sei se consegui me expressar bem, mas era mais ou menos isso.

Mary disse...

Deu pra entender sim Gustavo. Apesar de eu não ter percebido isso a princípio, concordo plenamente com você.
Vai ver é por isso que o Albertin Montoya é o "melhor" técnico da WPS não é ? Ele entende perfeitamente o potêncial das mulheres no futebol (ironia).

Gustavo disse...

Só corrigindo, já que ficou meio feio aí em cima: ""São mulheres e serão sempre mulheres, boas ou ruins naquilo que fazem"".

Maria disse...

Concordo com vc, Gustavo, a respeito disso sobre o preconceito na hora de se elogiar. Lembro que o Juca Kfuri escreveu que era uma pena a Marta não ser homem.

Marcelo T. disse...

Mary, a Bompastor não jogou de zagueira e sim de lateral esquerda (o que também foi um erro do técnico). Foi o MatchTracker que deu essa informação? Aquelas formações táticas que aparecem por lá não devem ser levadas muito a sério.

Esse comentário do Montoya me lembrou de um velho cacoete da imprensa esportiva: sempre que são obrigados a falar de futebol feminino, um tema sobre o qual não sabem nada, os comentaristas começam a especular se fulana ou beltrana conseguiria jogar no meio dos homens, o que é um despropósito. Chega a ser constrangedor assistir esse tipo de debate.

Pra terminar, um comentário aleatório: esse uniforme do Philadelphia é feio demais, parece que elas estão jogando de pijama.

Maria disse...

Marcelo, lembro que vc pediu que deixássemos sugestões de algo que pudesse melhorar o blog... Estive pensando que talvez se vc colocasse uma forma de nos comunicarmos com mais agilidade, tipo twitter, seria legal aqui. Às vezes estamos com uma dúvida, mas não conseguimos tirar a tempo.
Se não for possível, valeu msm assim. É só algo q estive pensando rs. Mesmo sem isso, o blog já é o melhor no assunto.

Mozart Maragno disse...

Atualizei o blog com uma análise tática da sub-20! Confiram!

Marcelo T. disse...

Maria, já pensei algumas vezes em criar um twitter para o blog, mas até agora a preguiça falou mais alto.
E a verdade é que neste caso a comunicação não ganharia mais agilidade, já que eu também só iria acessar através do computador (sou teimoso, não gosto de usar celular).

Daniel disse...

Definida as quatro seleções esropeias que irão ao mundial sub17 em Trinidad & Tobago.
E foi até de certa forma surprentes as classificadas por 3 destas não serem tão tradicionais no fut feminino. Holanda que eliminou a Inglaterra da disputa vencendo o confronto entre elas por 2x1, Espanha que goleara atradicional Dinamarca na estreia por 5x1, Irlanda que eliminou na ultima rodadade e de virada a favorita e tradicional suécia e logico, elas sempre elas , as alemãs que passearam em seu grupo. É nem toda hora tem paõ quente e a zebra não pegou a alemanha como pegara as americanas.
Interressante que os jogos desse sub-17 europeu tem 80 minutos e não 90 como foi disputado o sulamericano. Na verdade acho 90 minutos muito até pra o adulto.

Daniel disse...

Ainda o sub-17 , Estas serão emparelhadas em sorteio em duas semifianias e posterior menta faroa as finais tudo isso em Nyon na suiça em junho.
E tava vendo o time da Alemanha, putz a "goleirnha" dela tem uns 2 metros.
Sem zueira, a moleca é monstra .Se fosse africana seria dada como "gata" na hora.

augusto disse...

Putz. Suecas e dinamarquesas de fora, entrando holanda,irlanda e espanha? Renovaçao na categoria.
Veja ai, daniel, vc sempre pode pedir a fifa o exame ósseo da gata loira, pois é isso q europeus fazem com alguns de nossos jovens.