Bola de cristal: Saint Louis Athletica

Foi um desafio montar o time do Saint Louis Athletica para dar sequência às postagens da série Bola de Cristal. O técnico Jorge Barcellos não nega que é brasileiro e adora fazer um mistério. Por conta disso, ainda não ficou claro se Elaine e Lori Chalupny serão aproveitadas nas laterais ou no meio-de-campo e se Lindsay Tarpley jogará como atacante ou meia. Outro problema é que Daniela e Tarpley passaram por cirurgias no ano passado e não se sabe qual é a real condição física delas. Diante das dificuldades, optei por armar um time com os principais nomes do elenco e dane-se o resto. Hope Solo, a melhor goleira do mundo, é garantia de segurança debaixo das traves. A defesa não chega a ser espetacular, mas também não compromete. Com a chegada de Shannon Boxx, Kendall Fletcher, que atuou bem como volante na temporada passada, deve formar a zaga com Tina Ellertson. O meio-de-campo é ótimo e está repleto de opções, já que Chalupny e Elaine também podem ser utilizadas no setor. No ataque, a esperança é que Eniola Aluko repita as boas atuações que teve em 2009. A sueca Madelaine Edlund era uma máquina de perder gols no Umeå, veremos se ela se sai melhor atuando na liga americana. Meu palpite: tem elenco para disputar o título.
Gol: Hope Solo, Ashlyn Harris, Kati Jo Spisak
Defesa: Tina Ellertson, Kendall Fletcher, Elaine, Lori Chalupny, Sarah Wagenfuhr, Elise Weber, Carolyn Blank
Meio-de-campo: Shannon Boxx, Daniela Alves, Aya Miyama, Lindsay Tarpley, Sarah Teegarden, Erin Walter, Tina DiMartino, India Trotter
Ataque: Eniola Aluko, Madelaine Edlund, Veronica Perez, Niki Cross
Treinador: Jorge Barcellos

Bola de cristal: FC Gold Pride

Lanterna na temporada passada, o FC Gold Pride teve uma offseason muito bem-sucedida. Além de ser considerado o time que fez as melhores escolhas no draft universitário, ainda foi beneficiado pelo fim abrupto do Los Angeles Sol, o que possibilitou a chegada de reforços como Marta e a francesa Camille Abily. Tudo indica que este ano o time jogará num ofensivo 4-3-3, o que é promessa de muitos gols - a favor e contra. A posição de goleira está bem servida com a segura Nicole Barnhart. As laterais Kandace Wilson e Ali Riley são velozes e chegam bem no apoio. Rachel Buehler e Candace Chapman formam uma dupla de zaga razoável, nada que encha os olhos. Enquanto Carrie Dew deve ocupar a cabeça-de-área (Becky Edwards é a outra candidata), a norueguesa Solveig Gulbrandsen e Abily ficam como responsáveis pela ligação com o ataque. Marta e Kelley O'Hara jogam abertas (mas com a obrigação de marcar a saída de bola adversária) e Christine Sinclair faz o papel de referência na área. Na teoria é tudo muito bonito, resta ver se desta vez o técnico Albertin Montoya saberá extrair o melhor do elenco que possui. Meu palpite: briga pelo título.
Gol: Nicole Barnhart, Brittany Cameron, Erin Guthrie
Defesa: Rachel Buehler, Candace Chapman, Ali Riley, Kandace Wilson, Kaley Fountain, Kristen Graczyk
Meio-de-campo: Carrie Dew, Camille Abily, Solveig Gulbrandsen, Becky Edwards, Kim Yokers, Ashley Bowyer, Rosie Tantillo
Ataque: Marta, Christine Sinclair, Kelley O'Hara, Tiffeny Milbrett, Kiki Bosio
Treinador: Albertin Montoya

Só para efeito de registro, hoje o blog completa um ano de existência (não imaginava que fosse durar tanto, admito). Agradeço aos leitores que visitam e aos que, com seus comentários, contribuem para um debate de bom nível a respeito da modalidade. Aproveitando a ocasião, se quiserem sugerir algo para melhorar o blog neste ano que vem por aí, fiquem à vontade.

Bola de cristal: Chicago Red Stars

Depois de amargar o penúltimo lugar no ano passado, o Chicago Red Stars reformulou boa parte do seu elenco em busca de resultados melhores. Vinda do Saint Louis Athletica, a goleira Jillian Loyden saiu-se bem nas vezes em que precisou substituir Hope Solo e agora tem a chance de se firmar como titular na WPS. A dupla de zaga é um ponto de interrogação: Kate Markgraf ficou parada um ano em função de gravidez e Whitney Engen é caloura (por outro lado, foi a defensora melhor cotada no draft universitário). Enquanto Marian Dalmy segue firme na lateral direita, a zagueira Ifeoma Dieke deve ser deslocada para a esquerda (Natalie Spilger é outra opção). A vaga de cabeça-de-área está entre Brittany Klein e a inglesa Katie Chapman, mas creio que a técnica Emma Hayes dê preferência à sua conterrânea. Em 2009, o Red Stars sofreu com o mau futebol de Carli Lloyd e com o fato de Megan Rapinoe e Karen Carney prenderem demais a bola nos flancos. Este ano, a esperança é que a presença da experiente Formiga no meio-de-campo possa alterar esse quadro e melhorar o toque de bola do time. No ataque, Cristiane precisa provar que não é só talentosa, mas também regular. A sueca Kosovare Asllani vem cercada de muito "hype", mas o veredicto a seu respeito ainda está em aberto. Quem não mostrar serviço na frente corre o risco de perder a posição para Casey Nogueira. Meu palpite: se correr tudo bem, o Red Stars pode alcançar os playoffs, mas não acredito na conquista do título.
Gol: Jillian Loyden, Kelsey Davis
Defesa: Kate Markgraf, Whitney Engen, Marian Dalmy, Ifeoma Dieke, Natalie Spilger, Lydia Vandenbergh
Meio-de-campo: Katie Chapman, Brittany Klein, Formiga, Megan Rapinoe, Karen Carney, Julianne Sitch, Jackie Santacaterina
Ataque: Cristiane, Kosovare Asllani, Casey Nogueira, Ella Masar, Jessica McDonald, Michele Weissenhofer
Treinadora: Emma Hayes

Bola de cristal: Boston Breakers

Pronto, chegou a hora de mandar a prudência às favas, abraçar o gato-mestre interior e apontar quem fará bonito e quem dará vexame na temporada que se aproxima. Para facilitar os trabalhos, resolvi começar pelas equipes remanescentes e deixar os novatos Atlanta Beat e Philadelphia Independence para o fim. Por conta disso, o primeiro time analisado será o Boston Breakers, que na temporada anterior por muito pouco não se classificou para os playoffs. Detalhe: a escalação que aparece acima é apenas uma suposição minha, portanto, não a levem a ferro e fogo.
Allison Lipsher é uma goleira apenas razoável e não ficarei surpreso se perder a posição para Alyssa Naeher, campeã do Mundial sub-20 de 2008. A linha defensiva é bastante respeitável: a inglesa Alex Scott marca com firmeza e apóia muito bem, Amy LePeilbet foi eleita a melhor zagueira da temporada passada e é titular da seleção americana, Stephanie Cox é uma lateral que fica mais presa à marcação e vem de boa participação no Los Angeles Sol. O meio-de-campo já não empolga tanto: Leslie Osborne é uma volante correta e a veteraníssima Kristine Lilly arma, sem muito brilho, o jogo pela esquerda. A meia-direita ainda está indefinida. Como quem atuar por ali terá que marcar os avanços do adversário, preferi escalar a Fabiana por ela já ter cumprido esse papel anteriormente. Tiffany Weimer também é uma possibilidade, mas não vejo nela a disciplina tática necessária. Kelly Smith é craque, mas tem um histórico de contusões e dificilmente atravessará incólume um campeonato tão disputado. Se a inglesa sofrer alguma lesão, o Breakers fica pelo caminho. Na frente, a caloura Lauren Cheney será a referência na área e terá a companhia de uma jogadora de movimentação, que pode ser a espanhola Laura del Rio ou a australiana Sarah Walsh. Meu palpite: o Breakers tem time para chegar aos playoffs, mas com esse elenco não apostaria em título.
Gol: Allison Lipsher, Alyssa Naeher, Ashley Phillips
Defesa: Alex Scott, Amy LePeilbet, Jordan Angeli, Stephanie Cox, Kasey Moore, Analisa Marquez
Meio-de-campo: Leslie Osborne, Kristine Lilly, Kelly Smith, Fabiana, Tiffany Weimer, Maggie Tomecka, Chioma Igwe
Ataque: Lauren Cheney, Laura del Rio, Sarah Walsh, Taryn Hemmings, Liz Bogus, Claire Zimmeck
Treinador: Tony DiCicco

Fazendo hora

A temporada 2010 da WPS ainda não começou e o noticiário segue em marcha lenta, mas como a postagem anterior está transbordando de comentários, achei que não faria mal publicar uma nova (mesmo que seja pura enrolação).

● As últimas equipes com vagas para jogadoras estrangeiras preencheram esses espaços nos últimos dias. O Boston Breakers dispensou a canadense Christine Latham para poder contratar a australiana Sarah Walsh. Após muita especulação, o Chicago Red Stars anunciou a brasileira Formiga como novo reforço. O Philadelphia Independence assinou com a atacante Karina Maruyama e abusou da hipérbole ao chamá-la de "estrela da Seleção japonesa" em seu comunicado de imprensa. Só para botar os pingos nos is, informo que ela disputou as Olimpíadas de 2004 e 2008 como reserva e não marcou um gol sequer.

● Caso não ocorra nenhuma novidade, teremos sete brasileiras atuando na liga americana: Cristiane, Daniela Alves, Elaine, Fabiana, Formiga, Marta e Rosana. Vale lembrar que na temporada passada eram dez (contando a Sissi).

● O Sul-Americano de futebol feminino sub-20, classificatório para o Mundial da Alemanha, começa hoje e a Seleção brasileira terá a seguinte tabela na 1ª fase:

04/03 Brasil x Venezuela 22h

08/03 Brasil x Uruguai 22h

10/03 Brasil x Peru 22h

12/03 Brasil x Paraguai 22h