segunda-feira, junho 8

Vive la France! (2)

Com dores nas costas, a atacante chinesa Han Duan desfalcou o Los Angeles Sol e fez com que o técnico Abner Rogers utilizasse uma formação diferente da habitual. Manya Makoski foi para o banco e a estreante Keri Sanchez ocupou a lateral direita. Brittany Bock, que até então jogara de zagueira, lateral direita e volante, relembrou os tempos de futebol universitário e compôs o ataque ao lado da Marta. O Washington Freedom, por sua vez, veio desfalcado da meio-campista Lori Lindsey. Aos 14 minutos, o Freedom avançou suas peças para aproveitar a cobrança de um córner e sofreu um contra-ataque mortal: Shannon Boxx lançou Aya Miyama, que tocou na entrada da área para Camille Abily. Com a frieza que lhe caracteriza, a francesa ajeitou a bola e tocou por cima da goleira Erin McLeod. Acomodado com a vantagem no placar, o LA Sol se encolheu e passou a esperar um contra-ataque que nunca vinha. Mesmo com maior posse de bola, o Freedom não conseguia criar chances concretas (excessão a um chute de meia distância de Abby Wambach). O empate só aconteceu aos 12 minutos do 2º tempo. Sonia Bompastor pegou o rebote de uma cobrança de falta e chutou sem chances para a goleira LeBlanc. Três minutos depois, Cat Whitehill sofreu uma pane mental e cometeu um pênalti inexplicável. Abily bateu com tranquilidade e isolou-se na artilharia da WPS com 6 gols. Aos 21 minutos, Brittany Bock tabelou com Marta e tocou na saída de McLeod para fechar o caixão do Freedom.
Cornetadas: LeBlanc foi pouco exigida debaixo das traves, mas novamente demonstrou firmeza nas saídas de gol. Allison Falk cometeu uma pixotada no início, mas depois se recuperou e, mesmo com toda a sua altura, conseguiu anular as tentativas da veloz Lisa De Vanna. Shannon Boxx apareceu bem no 1º tempo quando avançou mais e deu início às jogadas de ataque pelo lado esquerdo. Zerboni fez ótimos cruzamentos pela ponta direita, resta ver se ela possui outras qualidades. Abily e Miyama dispensam comentários. Bock parecia desacostumada a atuar na frente, mas melhorou no 2º tempo. Marta esteve apática na maior parte do tempo e só chamou o jogo quando o Freedom já estava entregue. De positivo, a bela assistência para o gol da Bock e uma cobrança de falta que acertou o travessão. Com o retorno de Abby Wambach, o Freedom voltou a insistir na ligação direta para o ataque. Joanna Lohman, que só tocava para trás ou para os lados, pouco ajudou na transição do meio-campo. Sawa esteve apagada mais uma vez e Bompastor, sozinha na armação, pouco pôde fazer. De Vanna deu boas arrancadas ao longo do jogo, mas prendeu demais a bola.

LAS: Karina LeBlanc, Keri Sanchez, Allison Falk, Martina Franko, Stephanie Cox, Shannon Boxx, Aly Wagner (McCall Zerboni; Katie Larkin), Camille Abily, Aya Miyama, Brittany Bock, Marta
WF: Erin McLeod, Jill Gilbeau (Rebecca Moros), Cat Whitehill, Becky Sauerbrunn, Alex Singer, Joanna Lohman, Sonia Bompastor, Homare Sawa, Allie Long (Parrissa Eyoroken), Lisa De Vanna, Abby Wambach
Público: 5.497

Outros resultados:
Gold Pride e Red Stars ficaram no empate e seguem patinando no campeonato. Aos 14 minutos, Christine Sinclair marcou para o time da casa. Aos 2 minutos do 2º tempo, Megan Rapinoe cruzou para Cristiane cabecear e deixar tudo igual no placar. Foi o 2º gol consecutivo da atacante brasileira.
FCGP: Nicole Barnhart, Leigh Ann Robinson, Rachel Buehler, Kristen Graczyk, Marisa Abegg, Leslie Osborne, Tina DiMartino, Formiga (Kimberly Yokers), Eriko Arakawa (Adriane), Tiffany Weimer (Tiffeny Milbrett), Christine Sinclair,
CRS: Caroline Jonsson, Marian Dalmy, Natalie Spilger (Nikki Krzysik), Jill Oakes, Frida Ostberg, Brittany Klein, Chioma Igwe, Karen Carney, Megan Rapinoe (Ella Masar; Danesha Adams), Lindsay Tarpley, Cristiane
Público: 2.956

Graças ao gol marcado pela estreante Amanda Cinalli logo aos 15 minutos de jogo, o Saint Louis Athletica subiu na tabela e deixou o Sky Blue segurando a lanterna da WPS. Pela transmissão da rádio, ficou a sensação de que a equipe de Nova Jersey dominou as ações em certos momentos e novamente foi prejudicada pela má pontaria de suas jogadoras. Collette McCallum teve o empate nos pés, mas de frente para o gol deu uma furada espetacular. A australiana é talentosa, mas chutar a gol definitivamente não é o seu forte.
SLA: Hope Solo, Elise Weber, Tina Ellertson, Kia McNeill (Sara Larsson), Stephanie Logterman, Kendall Fletcher, Angie Woznuk, Lori Chalupny, Amanda Cinalli (Francielle), Christie Welsh, Eniola Aluko (Kerri Hanks).
SBFC: Karen Bardsley, Julianne Sitch (Jen Buczkowski), Christie Rampone, Anita Asante, Meghan Schnur, Yael Averbuch, Heather O’Reilly, Rosana (Kelly Parker), Collette McCallum, Natasha Kai, Kacey White
Público: 3.124

10 comentários:

Anônimo disse...

Tenho visto dezenas de jogos com marta. Ela nao é apatica, nem nunca foi. Ponto. Se consta agora que assim seja,entao alguma coisa esta fundamentalmente errada com o ambiente, com o coach Rogers ou com a alegria de jogar bola que deve estar faltando. Este ultimo item é a marca registrada de todos os craques desde zizinho, zico, garrincha, os ronaldos..portanto sem idiossincracias: what is going on?

Daniel disse...

Sinceramente não vejo apatia no jogo da Marta. Ela é muito participativa no jogo, não se esconde , faz poas jogadas, está entre as primeiras em gols, assistencias e chutes, é que a Marta está jogndo realmente em uma liga de maior nivel onde ela não fará tanto a diferença como nos tempos de Suecia. De toda Forma acho o posicionamento dela em campo não está correto , ela não é uma centro-avante de oficio, ela é uma atacante tem liberdade pra atuar pelos lados do ataque. Falta uma centro avante de oficio pra jogar com a Marta o que melhoraria ainda mais o desempenho dela.

Izabel disse...

ela ta precisando fazer gols!!! E pq ela não está mais batento penaltis e escanteio???

Marcelo T. disse...

Daniel, eu me referi especificamente ao desempenho de ontem da Marta, que parecia não estar muito a fim de jogo. Se ela estiver com saudades da Suécia, onde sua média era superior a 1 gol por jogo, vai ter que se conformar, pois as defesas da WPS são muito melhores mesmo.
Não vi esse problema de posicionamento que foi levantado na transmissão e duvido que o técnico limite a movimentação da estrela da companhia. Como a Bock ficou mais na área, a Marta teria que atuar pelos lados, mas ela parecia entregue à marcação. Só quando o Freedom aceitou a derrota é que ela começou a buscar jogadas por todos os lados do campo.

Daniel disse...

Marcelo, vamos com calma aí.
Só quis dizer que não é pra esperar da Marta o mesmo desempenho que tinha na suécia , porque daqui há algum tempo se dirá isso , não por você, mas pra algum desavisado e no entanto a Marta não será de ser a jogadora fantastica acima da media que é. Mas o nivel da WPS é o mais forte do mundo, logo os numeros que normalmente ela tinha não será os mesmos.
Não necessariamente nesse jogo, mas acho que falta uma companheira no estilo da Cris, centroavante de ofício para jogar com a Marta.

Marcelo T. disse...

Eu entendi o que você quis dizer. Fiz a referência à Suécia por causa dos constantes rumores de que a Marta estaria frustrada com a marcação forte, com as companheiras, etc. Prefiro acreditar que ela não esperava encontrar na WPS as mesmas facilidades da Liga sueca.

Anônimo disse...

Marcaçao forte mas especificamente em cima dela é o que há. E devia esperar. Mas devia esperar tambem que abner rogers entendesse alguma coisa de bola. So que os outros times vão notar logo que estao tomando gols do Sol porque nao conseguem marcar as assistencias e a abilly, a Myiama. Qdo descobrirem
vão pra defensiva total, a retranca
que faz parte da mentaidade de baskete americana. Mas a gente le nos comentarios deles fque a maioria acha que ela é fundamentalmente uma scorer...

Anônimo disse...

E as arbitragens? nao é assim que se constroi uma Liga profissional, nao é dessa materia prima que se constroi o futebol.
E me diga uma coisa: time da WPS quando esta perdendo de 2 ou 3,nao
se comporta como time grande, atacando? E a desabalada correria delas que precisa mudar. Ate os ingleses (masculino) aprenderam a tocar a bola e alternar o ritmo: vai demorar para americanas descobrir na pratica o que eles chamam de "ball possession"?

Marcelo T. disse...

Acho que os adversários do LA Sol sofrem com o dilema do cobertor curto. Reforçam a marcação em cima da Marta, mas Abily e Miyama ficam livres (e a francesa está sabendo aproveitar o espaço). Se passarem a marcar as duas, a Marta ganhará liberdade para jogar.

O "kick and run" deixa o jogo feio, mas não dá para negar a sua eficácia no futebol feminino. De qualquer forma, a intenção da técnica da seleção americana é mudar essa mentalidade aos poucos. Mas o Brasil também precisa melhorar, pois tem momentos em que só joga na base do chutão. Em termos de toque de bola, a seleção que eu mais gostei de ver foi a do Japão.

Women's Soccer Weekly disse...

Marcelo,

Gave you a shout out at my Goal.com column -- check WSW for the news.

Send me an email if you can (find email [in red] on the WSW website).