Chicago Red Stars x Washington Freedom - 21h:30 (web)
Sábado
Sky Blue FC x Boston Breakers - 17h
Domingo
Washington Freedom x Los Angeles Sol - 19h (TV)
FC Gold Pride x Saint Louis Athletica - 21h (rádio)
Até o momento, tivemos 92 gols na WPS (sendo 2 contra). 50 foram marcados por jogadoras estrangeiras e 40 por americanas. Como já passamos da metade do campeonato, decidi que era hora de torturar os incautos leitores do blog com uma análise rasteira sobre o desempenho das principais jogadoras e uma possível influência no futuro de suas seleções.
Brasil: Marta, no geral, tem atuado bem e parece estar subindo de produção. Mas confesso esperar mais de quem foi eleita a melhor do mundo por três vezes. Ainda falta uma jogada espetacular. Aquela que mereça ser exibida nos melhores momentos da ESPN americana e desperte a atenção do público para a recém-criada liga. Daniela deu azar e se contundiu no dia em que realizou sua melhor partida. Rosana ainda não exibiu a mesma forma do Pan 2007 e alterna boas e más atuações. Formiga ficou num cômodo meio-termo, não compromete mas também não faz a diferença a favor do Gold Pride. Cristiane chegou em má forma (o que não é muito profissional), ameaçou engrenar no campeonato e parou por aí. Érika ainda não recebeu uma oportunidade real. Francielle e Adriane, na minha opinião, ainda estão muito verdes para jogar numa liga de alto nível. Acredito que a seleção siga com os mesmos defeitos (fragilidade defensiva) e qualidades (ataque criativo). Só espero que a experiência num campeonato tão competitivo faça as brasileiras evoluirem em outros aspectos. Não dá para querer jogar só na base da técnica.
Estados Unidos: Parece existir um consenso de que as americanas de maior destaque atuam no setor defensivo, o que não deixa de ser significativo. Debaixo das traves, a experiente Hope Solo e as promissoras Val Henderson e Allison Whitworth apareceram bem. Na zaga, Allison Falk e Amy LePeilbet surgem como sucessoras das veteranas Christie Rampone e Kate Markgraf. A polivalente Brittany Bock e a lateral direita Marian Dalmy também são candidatas a uma vaga no time americano. Do meio pra frente, o panorama já não é tão animador. Tiffany Weimer, cuja convocação chegou a ser cogitada, não passou de fogo de palha. Lori Chalupny, que tem feito bem a função de meia, é aproveitada na seleção como lateral esquerda. Heather O'Reilly tem sido a melhor jogadora do Sky Blue, mas não decide. As atuações de Amy Rodriguez, Megan Rapinoe, Natasha Kai, Carli Lloyd, Abby Wambach e Lindsay Tarpley têm variado entre o regular e o sofrível. Mas no final das contas, isso não faz muita diferença. O jogo da seleção americana é baseado em conjunto, preparo físico e consistência tática e não em grandes talentos ofensivos.
Inglaterra: Kelly Smith, Alex Scott, Eniola Aluko e Anita Asante não decepcionaram e vêm acumulando boas atuações em suas respectivas equipes. Karen Carney começou bem e depois sucumbiu à má fase do Chicago Red Stars. Com essa base, a Inglaterra tem condições de finalmente alcançar um resultado expressivo no futebol internacional. A expectativa é que brigue com Suécia e Alemanha pelo título do Campeonato Europeu que começa em agosto.
França: Camille Abily e Sonia Bompastor se saíram melhor que a encomenda. Com a experiência e a autoconfiança adquiridas na liga norte-americana, talvez elas consigam fazer com que a França deixe de ser uma seleção periférica na Europa e volte a participar das grandes competições mundiais (o que não acontece desde a Copa do Mundo de 2003).
Canadá: Com Erin McLeod e Karina LeBlanc, a seleção canadense está muito bem servida no gol. Christine Sinclair, após um início ruim no Gold Pride, tem feito jus à fama de centroavante oportunista. Mas se for depender de jogadoras medianas como Kelly Parker, Melissa Tancredi e Christine Latham, dificilmente o Canadá deixará de ser o saco de pancadas preferido da seleção americana.
Austrália: Deixando de lado uma certa irregularidade, é justo dizer que Lisa De Vanna, Collette McCallum e Sarah Walsh mostraram qualidades na liga americana. Já Heather Garriock, com problemas físicos, praticamente não jogou. Depois da boa campanha na Copa do Mundo de 2007, quando deu sufoco na seleção brasileira, a Austrália tem tudo para confirmar a condição de seleção emergente.
Japão: Enquanto a cerebral Aya Miyama comanda o meio-campo do Los Angeles Sol, Homare Sawa e Eriko Arakawa vêm tendo atuações apagadas. A seleção japonesa deve seguir na mesma toada: pratica um futebol plasticamente bonito, mas sofre com as limitações defensivas e o ataque inoperante.